Por Cristina Oliveira
Donizete Braga, como prefeito da
cidade de Mauá, fala aos quatro ventos que a saúde e o trasporte da cidade
estão sendo cuidados e que tudo está melhor. Porém, quem vive dentro da
realidade no dia a dia, percebe que não
é bem assim.
Faltam
equipamentos importantes nas UPAS, que deveriam estar funcionando para salvar
vidas. Mas a manutenção e o funcionamento destes equipamentos, que em sua
grande maioria não funcionam desde a inauguração em 2011, evitaria o alto
índice de mortes na cidade por ineficiência dos serviços de saúde.
Os
pacientes internados nas UPAS que precisam de transferência para o hospital de
referência, o Hospital Nardini, esperam de 6 horas até 3 dias. Isso, quando não
vão a óbito.
Já
nas UBS's a espera por marcação de consultas leva de 3 a 6 meses. Sem contar as
ambulâncias sem manutenção adequada e periódica, e em quantidade insuficiente
para o município.
Remédios
nas farmácias que fazem parte da grade mínima do SUS, quando aparecem, não
suprem a demanda, o que obriga os contribuinte a ter gastos a mais em seu
orçamento.
Profissionais
da higienização e limpeza nas unidades são obrigados, de forma velada, a
trazerem materiais de suas casas para cumprirem com suas tarefas. As
responsáveis pelas unidades foram intimidadas a ajudarem a Secretaria de Saúde
a recolher papelões e garrafas PET para venderem e, assim, abastecerem as
unidades com papel higiênico, papel toalha, etc.
Os
serviços de especialidades estão um caos. Quando o paciente consegue uma guia
de encaminhamento de clínico ou ginecologista, a espera para a tal consulta é
em média de 6 meses a um ano.
Faltam
seringas, agulhas, escalpes, fios de sutura. Um verdadeiro absurdo!
VOCÊ
CONFIA NOS DADOS ESTATÍSTICOS QUE O GOVERNO DONISETE BRAGA DIVULGA?
O
dia em que os profissionais da Saúde resolverem abrir a boca e falarem o que
vivenciam no dia a dia, certamente aumentará ainda mais a revolta dos
trabalhadores contra a qualidade dos serviços públicos.
Isso
porque só falamos de Mauá, mas a realidade da saúde no Brasil todo vai de mal a
pior!
Até
agora, todos os governos só fizeram o bem para as elites. Enquanto isso, as
bases que produzem a riqueza deste País estão vivendo no caos. Quando os
governos fazem alguma coisa, podem saber que é de curto prazo.
O
bla-bla-blá das propagandas dos governos, desde a Dilma até os prefeitos, só
conseguem enganar seus bajuladores, que não precisam usar a rede pública.
As
jornadas de Junho de 2013 deram um recado aos governantes: o povo trabalhador
não aguenta mais tanto descaso. O nível de insatisfação com o governo Dilma é
só mais um reflexo de que a revolta só está aumentando.
Enquanto
isso, o que fizeram os governos? Cortaram dinheiro dos serviços públicos para
pagar os banqueiros e favorecerem as empreiteiras financiadoras de suas campanhas.
A corrupção corre solta, como tem revelado a Operação Lava Jato.
A
grande mídia e os políticos poderosos tentam nos dizer que a única forma de
mudança é a via eleitoral, mas tudo continua igual, até o momento.
Somente uma greve geral, que unifique os trabalhadores de
todas as categorias e o povo pobre que sofre todos os dias nas filas dos
hospitais e nos ônibus lotados, pode construir um governo dos trabalhadores,
que suspenda o bolsa banqueiro e invista a riqueza produzida com o nosso suor
para atender as necessidades do povo trabalhador.