Está sendo chamado para o dia 19 de setembro, às 13h, na Praça
da Matriz um novo ato em defesa do passe livre estudantil em São Bernardo do
Campo. No primeiro ato, dia 28 de agosto, cerca de duzentos estudantes levaram
à câmara dos vereadores um projeto de lei que garantisse o passe livre aos
estudantes e desempregados na cidade. Apesar da mobilização, os
vereadores não receberam o projeto, nem sequer organizaram uma audiência
pública sobre o tema.
Entrevistamos o estudante da UFABC Rafael Nascimento, da
Assembleia Nacional dos Estudantes – Livre (ANEL) no ABC sobre as perspectivas
desse novo ato.
Rafael da ANEL-ABC em Ato contra o aumento das passagens no Consórcio Intermunicipal do ABC |
PSTU-ABC: O que é o Passe-livre estudantil?
R. O passe livre é a forma de garantir que os estudantes tenham
o direito de ir e vir. A tarifa de ônibus representa a exclusão de milhares de
jovens terem acesso a educação, saúde, cultura, esporte e lazer.
PSTU-ABC: Se aprovado o projeto que vocês propõem, não será
encarecida a tarifa dos demais passageiros? Quem vai pagar a diferença?
R. Não, no projeto de lei elaborado pela ANEL a partir das
diversas experiências de ocupações de Câmara que ocorreram nas jornadas de
Agosto, o “gasto” com o passe livre deve sair do lucro dos empresários. É um
primeiro ataque a este setor que usa o nosso direito como mercadoria, para ter
lucro. Nós também defendemos a estatização do transporte como forma de chegar a
tarifa zero para todos.
PSTU-ABC: Por que vocês decidiram fazer esse novo ato? Levar o
assunto à Câmara de Vereadores não foi suficiente?
R. Nós não confiamos nos vereadores, muito menos no prefeito
Luis Marinho. Para conquistar o passe livre será preciso muita mobilização dos
estudantes e apoio da população. Neste sentido estamos começando junto com o
novo ato que vai parar São Bernardo, uma campanha com abaixo-assinado para
demonstrar o apoio que estamos recendo na cidade!
PSTU-ABC: Quem está organizando o ato do dia 19?
R.O ato é organizado pela ANEL, junto com estudantes na base de
cada escola. Para quinta-feira construímos o ato em mais de 10 escolas, no
centro da cidade e em outros bairros. Além da ANEL, o movimento Reviravolta e a
juventude do PSTU também estão nessa luta.